Nada há de novo debaixo do sol e, no entanto,tudo está em constante transformação: a vida, a natureza, a nossa língua... Abra os olhos, os ouvidos e o coração. Sempre!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
samba na sola
brasileiro
do banzo, do pandeiro
calço qualquer calo mesmo
como bom guerreiro
e lutador
comigo não tem gravata
e se acaso
pego o trem errado
vou-me embora
mas vou com louvor
e com sua permissão
" seu internacional "
longe de mim qualquer desfeita
pega mal
mas esse dom é exclusividade
o samba na sola tem
nacionalidade
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
o glorioso Hino Nacional... na versão de Vanusa. OU: " Deus, que medo!"
Vanusa começava a cantar o Hino Nacional Brasileiro. A única coisa que passava pela minha mente estarrecida era: Deus, que medo!
Medo de quê? Da Vanusa? De tão livre e espontânea interpretação do consagrado Hino?Medo da tentativa inútil de acertar,exemplo clássico daqui para a frente de um mote: " não tente melhorar o que já está fedendo"?Medo da política brasileira?. Medo dos erros de concordância verbal e nominal ? E , conforme ela cantava , eu me lembrava da peça : Quem tem medo de Virgínia Wolf? ou da musiquinha : Quem tem medo do Lobo Mau???? A minha mente gritava: ela está velha. Ela está caquética!Que medo dessa visão...
Minha mente confusa buscava a resposta...Medo de quê?
Medo da Vanusa? Não . Eu já a conhecia das Jovens Tardes de Domingo e, confesso, nunca foi lá a minha favorita ( e, desculpem-me os saudosistas, no mesmo balaio coloco a Martinha). Eu achava, aos 6 anos, que ela era exagerada em suas interpretações. Ouçam , por exemplo , Sonhos de um Palhaço, de Antonio Marcos.Eu preferia mesmo era o Erasmo, o Tremendão( velhaco , Rock´N Roll no osso!). Gostava também da Vandéca, mais conhecida como a Ternurinha; do Eduardo Araujo a.k.a. "O BOM" e de sua esposa Silvinha, tão meiguinha...e sim,claro, do Ronnie Von...." o Príncipe" .Não era medo dela.Ela nem chega perto de Virginia Wolf...
Então....seria paúra dessa tentativa , às vezes inútil, de acertar sempre? Acertar é bom , e acertar sempre é melhor ainda. Mas errar é o que existe. Mais factível e muito mais frequente do que acertar, infelizmente. Não isso também não me assustava.Há que se tentar , sempre e sem parar! Sou da turma dos que acreditam nas chances ...devemos tentar acertar .Pode ser que consigamos , após muito esforço, arrasar na letra ,combinar a melodia e, ainda por cima, mandar bem no tom , sem desafinar ....se conseguimos isso , está perfeito! Mas a certeza é a de que a jaca nos espera, impávida , pelo momento da pisada. Fazer o quê? Definitivamente não eram os erros que me assustavam.
O Hino mal entoado arde nos ouvidos,é verdade, mas pode ter sido - por interferência da mão divina- um sinal profético de que o sistema e as organizações políticas estão tal e qual o desencontro da melodia com a letra...Tudo vai mal! Ah, isso me deu um certo medo. Estamos vivendo aqui, trabalhando aqui e somos levados adiante, sem muito o que fazer, pelas mãos dos corruptos .Mas esse medo não me é novo, já ficou lugar -comum, clichê. Há que se temer, sem disfarces ,o fisco, o Leão, as leis equivocadas , a má aplicabilidade das boas leis ou a ausência de pessoas probas que as façam valer, a desfaçatez que grassa no Congresso... Mas, essa ainda não era a resposta que eu buscava. Afinal, o Lobo Mau existe e está por aí, rondando:O homem é o lobo do homem;o político corrupto, o lobo de todos os homens.
Quanto aos erros de concordância presentes na letra equivocada, esses sim quase me levaram à loucura,mas nem quero comentar, iria tomar todo o espaço e tempo de um módulo básico de Português.Venha para minhas aulas e tire todas as suas dúvidas!
Descobri então que o meu temor maior era da falta de lucidez, da velhice decrépita que nos destrói aos poucos. E vi, com meus olhinhos míopes, que a velhice chega para todos, sem dó, sem aviso prévio. Para uns ela chega aos 18 anos...para outros aos 80...mas chega ..forte como o "sol do novo mundo."
Pedi a Deus, neste momento de torpor, saúde pra nunca viver isso. Envelhecer sim, é inevitável! Mas envelhecer bacana, com os ossos inteiros, com todos os dentes na boca e com a cabeça viva!Deus me livre de dar uma aula de concordância e perceber que nem sei onde estou...ou de começar a ensinar uma receita de bolo durante uma palestra sobre Bahktin.
A vida é curta, o corpo é frágil, mas a mente sempre ativa e aberta vai fazer a diferença.Talvez não muita, mas alguma que seja significante, como a que evita que você saia com os sapatos trocados pelas ruas, que chame Virginia Wolf de Lobo Mau ou que cante o Hino Nacional de trás para frente.
PS: Talvez ninguém tenha percebido ainda ,mas a pessoa deve estar doente , com sinais claros e evidentes de distúrbios.Será Alzheimer? Esclerose? O quê , meu Deus, leva uma cantora profissional a errar tanto e tão repetidamente?Deve ser isso; só pode ser isso: ela está velha e doente.
Ou... como disse um aluno: " me conta o que ela bebeu , que eu só vou cheirar a tampa!"
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Concordância verbal e nominal ( parte 2)
b) quando é partícula apassivadora.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.
Sujeito Predicativo do Sujeito
Sua rotina eram só alegrias.
Sujeito Predicativo do Sujeito
Minhas alegrias é esta criança.
Quem são aquelas crianças?
São três da manhã.
Eram 25 de julho quando partimos.
Daqui até a padaria são dois quarteirões.
Saiba que: 1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. 2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia. 3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia. |
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Duas semanas de férias é muito para mim.
Ela não é eu.
O resto foram atitudes imaturas.
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se)
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
sinais de pontuação: quando surgiram?
Quando surgiram os sinais de pontuação?
A maioria dos sinais de pontuação apareceu na Europa entre os séculos XIV e XVII. Eles nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos textos. O período em que as primeiras vírgulas, pontos de interrogação e dois-pontos surgiram coincide com o momento em que o hábito de ler, praticamente restrito aos monges na Idade Média, crescia com o surgimento da impressão tipográfica.
O grande ancestral da pontuação, porém, apareceu bem antes. O ponto já era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática - espécie de letra de forma que simplificava os complexos hieróglifos. À medida que os jovens ficavam mais fluentes na leitura, os pontos eram retirados.
Os usos e funções dos sinais de pontuação também variaram muito ao longo dos séculos. "O ponto, por exemplo, nem sempre marcou a conclusão de uma ‘ideia completa’. Na Idade Média, ele era inserido antes do nome dos heróis ou de personagens importantes da narrativa, por questões de respeito ou apenas enfatização.
Quando surgiu?
Ponto final (.)
3000 a.C.
Interrogação (?) / Exclamação (!)
Século XIV
Vírgula (,) / Ponto e vírgula (;)
Século XV
Dois-pontos (:)
Século XVI
Aspas ("")
Século XVII
http://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/Curiosidade_pontuacao.php
Sintaxe de concordância -parte 1 ( A origem....)
Concordância Verbal e Nominal
Observe:
As crianças estão animadas. Crianças animadas. |
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.
a) Sujeito Simples
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
3ª p. Singular 3ª p. Singular
Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural 3ª p. Plural
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados:
Por Exemplo:
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.
2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olímpíadas.
Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório:
Por Exemplo:
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.
Exemplos:
Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população.
As Minas Gerais são insequecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja:
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.
Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular.
Por Exemplo:
Algum de vós fez isso.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
Exemplos:
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja:
1% conhece o assunto.
6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.
7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural.
Por Exemplo:
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.
Atenção:
A tendência, na linguagem corrente, é a concordância no singular. O que se ouve efetivamente, são construções como:
Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos:
A análise da construção acima torna evidente que a forma no singular é inadequada. Assim, as formas aceitáveis são:
" Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".
8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Por Exemplo:
Vossas Excelências vão renunciar?
10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo:
Deram cinco horas no relógio da sala.
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
Por Exemplo:
11) Verbos Impessoais: Por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
b) Sujeito Composto
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Sujeito
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Sujeito
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja:
Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Pais e filhos precisam respeitar-se.
Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.
Por Exemplo:
Faltou coragem e competência.
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Observe:
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.
Por Exemplo:
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.
Por Exemplo:
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.
Por Exemplo:
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular.
Por Exemplo:
Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)
4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.
Por Exemplo:
Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja:
O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.
Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja:
"O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.
Por Exemplo:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.