Quando eu morrer
quero todos ao meu redor
Quero flores sobre alvo lençol
E música animada já!
Minhas vestes ,quero-as soltas e leves
E nas minhas mãos um poema de Drummond
Quando eu morrer me enterrem em campo aberto
Sem granito
Nem cimento
Sem nenhum tipo de sentimento que difere do amor
Quando eu morrer
Quero sobre o meu jazigo jaboticabeira plantada
Com mandala pendurada balançando ao vento amigo
Sobretudo , quando eu morrer quero saber ter vivido.
Enviada do meu iPhone
Caso eu viva até 110 anos...
Nada há de novo debaixo do sol e, no entanto,tudo está em constante transformação: a vida, a natureza, a nossa língua... Abra os olhos, os ouvidos e o coração. Sempre!
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
Domingo
Domingo tardio, mole e quente.
Acordei cheia de suspiros: gostaria de tecer uma tarde inteira de novidades. Queria bordar uma noite de luminares que envolvessem o homem nu e pobre e o tornassem luz. Queria música cadente levada pelos ares e azuis do mundo... O mundo, um pequeno sino que tine e retine as mesmas dores e ideias....
Tive hoje ambições : um 4x4 para correr matos e rios; uma casa, fina tapera de vidro, pau , pedra e memórias; um tempo para criar, escrever, pintar, cantar, cozinhar- de preferência tudo junto em meio a jabuticabeiras, roseiras e cachoeiras.
Tive hoje pequenos prazeres: colher flores miúdas; tomar banho gelado ,nua; tomar café da manhã quando o relógio dizia que já não era mais hora disso...ah, matar o tempo, quebrar as horas, diluir os prazos.
Tive suspiros, ambições e prazeres...
Tive saudades .
Tive coração cheio de funda alegria pelas sementes que gerei , amamentei e de que cuidei com mãos pequenas de menina franzina. Mãe irmã;moleca mãe. Se o menino é o pai do homem, meus meninos são pais da mãe...me ensinam e me surpreendem...cresceram tão mais do que eu supus um dia...
Tive suspiros, ambições, prazeres, saudades e alegrias.
Acho que é disso que sou feita.
Acordei cheia de suspiros: gostaria de tecer uma tarde inteira de novidades. Queria bordar uma noite de luminares que envolvessem o homem nu e pobre e o tornassem luz. Queria música cadente levada pelos ares e azuis do mundo... O mundo, um pequeno sino que tine e retine as mesmas dores e ideias....
Tive hoje ambições : um 4x4 para correr matos e rios; uma casa, fina tapera de vidro, pau , pedra e memórias; um tempo para criar, escrever, pintar, cantar, cozinhar- de preferência tudo junto em meio a jabuticabeiras, roseiras e cachoeiras.
Tive hoje pequenos prazeres: colher flores miúdas; tomar banho gelado ,nua; tomar café da manhã quando o relógio dizia que já não era mais hora disso...ah, matar o tempo, quebrar as horas, diluir os prazos.
Tive suspiros, ambições e prazeres...
Tive saudades .
Tive coração cheio de funda alegria pelas sementes que gerei , amamentei e de que cuidei com mãos pequenas de menina franzina. Mãe irmã;moleca mãe. Se o menino é o pai do homem, meus meninos são pais da mãe...me ensinam e me surpreendem...cresceram tão mais do que eu supus um dia...
Tive suspiros, ambições, prazeres, saudades e alegrias.
Acho que é disso que sou feita.
sábado, 28 de agosto de 2010
coisas
Coisas
A vida não tem coisa nenhuma pra dar
Nós é que damos o que não temos
Olho as cortinas fechadas do quarto
Silêncio bom
Infinito
O instrumento gasto no canto da sala
O piano desafinado
As coisas são assim: gastam, envelhecem
Viram cacarecos amontoados
Mas a imaginação renasce
No fim tudo é sonho,
Tudo é futuro
E as coisas sempre podem levar uma mão de tinta
A vida não tem coisa nenhuma pra dar
Nós é que damos o que não temos
Olho as cortinas fechadas do quarto
Silêncio bom
Infinito
O instrumento gasto no canto da sala
O piano desafinado
As coisas são assim: gastam, envelhecem
Viram cacarecos amontoados
Mas a imaginação renasce
No fim tudo é sonho,
Tudo é futuro
E as coisas sempre podem levar uma mão de tinta
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
samba na sola
Samba na sola - Céu
brasileiro
do banzo, do pandeiro
calço qualquer calo mesmo
como bom guerreiro
e lutador
comigo não tem gravata
e se acaso
pego o trem errado
vou-me embora
mas vou com louvor
e com sua permissão
" seu internacional "
longe de mim qualquer desfeita
pega mal
mas esse dom é exclusividade
o samba na sola tem
nacionalidade
brasileiro
do banzo, do pandeiro
calço qualquer calo mesmo
como bom guerreiro
e lutador
comigo não tem gravata
e se acaso
pego o trem errado
vou-me embora
mas vou com louvor
e com sua permissão
" seu internacional "
longe de mim qualquer desfeita
pega mal
mas esse dom é exclusividade
o samba na sola tem
nacionalidade
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