Coisas
A vida não tem coisa nenhuma pra dar
Nós é que damos o que não temos
Olho as cortinas fechadas do quarto
Silêncio bom
Infinito
O instrumento gasto no canto da sala
O piano desafinado
As coisas são assim: gastam, envelhecem
Viram cacarecos amontoados
Mas a imaginação renasce
No fim tudo é sonho,
Tudo é futuro
E as coisas sempre podem levar uma mão de tinta